VIVÊNCIAS NA DOCÊNCIA
Meu
nome é Micaela Santana S. Santos, sou estudante do curso de Pedagogia da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia- UESB, atualmente estou no VII semestre, à um
semestre da conclusão do curso.
O
objetivo deste blog é narrar experiências vividas no período do Estágio nos
anos iniciais, para além disso, não só apenas narrar, mas refletir sobre a minha
prática pedagógica, o caminho a qual tenho perpassado para ser professora. Começo essa narrativa enfatizando a importância da formação do professor, e que esta não se dá apenas em cursos de graduação, mas sobretudo na vida e na prática permanente e na reflexão sobre a própria prática.
O tema do Projeto de Intervenção, criado
juntamente com as colegas Crisdarle Mendes e Michele Mota é: Higiene e Saúde:
Conscientizar para o bem-estar. Na primeira semana de regência trabalhamos com
duas Palavras Geradoras: HIGIENE E SABONETE. Construímos o cantinho da higiene,
a fim de promover uma consciência crítica dos alunos referente aos hábitos de
higiene, como também proporcionar vivências lúdicas no processo de
ensino-aprendizagem.
As crianças amaram a
iniciativa, diante disto compreendi que “a infância é o tempo de maior criatividade na vida de um ser humano” como afirma Jean Piaget. Com ousadia, trago aqui uma reflexão sobre o ensino no
fundamental, e encarecidamente peço aos queridos professores que não
“encham” seus alunos de conteúdos apenas, mas que proporcionem vivências
criativas, brincadeiras, porque para mim, diante dessa dinâmica do chuveiro
virtual, posso afirmar que as crianças aprendem brincando e isso não é
clichê e nem utopia, é comprovado cientificamente,
psicologicamente que o ato de brincar é de extrema importância para o
desenvolvimento do sujeito em todos os seus aspectos (cognitivo, motor, social
e afetivo).
No terceiro dia de regência, a sala estava
cheia, com 22 crianças, eu nunca tinha mediado uma sala com crianças de 8
anos de idade, me senti angustiada, aflita, sem saber o que fazer diante de
todo alvoroço que eles faziam, Ao ir para casa, com lágrimas nos olhos fui
refletindo se seria realmente essa a profissão que queria seguir, pois na
faculdade você estuda várias teorias, mas associá-las à prática de forma
efetiva, é muito difícil. De frente com indivíduos que muitos consideram
incapazes de aprender, eu comecei a perceber que como seres humanos eles
mereciam uma atenção especial e passei a me importar com cada um de forma
única, procurando entender as suas manifestações das emoções para produzir uma
prática pedagógica que possibilite o desenvolvimento efetivo destes
"meus" alunos emprestados (rsrsrs).
Trago como verdade a de que NUNCA estamos totalmente preparados
para algo, sempre estamos em processo de formação e transformação, e é isso que
até então tenho vivenciado no Estágio. Em apenas uma semana presenciei
experiências fantásticas no "chão" da escola que estão
contribuindo de forma positiva para meu desejo de ENSINAR/ATUAR na
educação PÚBLICA. Ser professor vai além de planejar, executar e ensinar,
é necessário um replanejamento, observação de todos sujeitos envolvidos no
processo de ensino, reflexão da prática pedagógica para que assim ocorra a ação
crítica e que esta venha a contribuir na transformação da realidade do aluno.
É de fundamental
importância que o educador tenha responsabilidade e compromisso com a sua
prática, para assim obter sucesso na condução do processo de
ensino-aprendizagem.
REFLEXÃO SOBRE O PAPEL DAS EMOÇÕES COMO FACILITADORAS DA APRENDIZAGEM
Diante dos relatos acima,
trago um referencial teórico que embasam a construção da minha identidade
pessoal e profissional. De acordo com meus estudos, se torna
impossível não associar a educação às diferentes manifestações das emoções
presentes no ambiente escolar. Para Parolin (2007), “sem o vínculo afetivo não
há aprendizagem”, por isso é de suma importância que o professor em sua
condição de mediador, precisa manter relações afetivas com seus alunos, a fim
de melhorar o processo de ensino-aprendizagem na relação pedagógica.
Com base
nas teorias de Wallon e Rogers, teóricos que contribuíram de forma positiva
para o campo da educação e também para a melhoria da minha prática
pedagógica, pois foi através de seus estudos respectivamente sobre a vida
efetiva e a abordagem humanista no campo educacional que eu
pude compreender conceitos importantes que todo professor precisa absorver para
garantir um ensino prazeroso e eficaz. O ato de ensinar e aprender, segundo a
abordagem humanista gira em torno de dois personagens principais, o aluno que é
capaz de aprender sozinho e precisa de um mediador que o estimule em seu
processo de conhecimento e o professor, que precisa ser um facilitador da
aprendizagem, conduzindo seus alunos à aprendizagem significativa, ou seja,
algo que têm sentido e prazer para os aprendizes, tornando a sala de
aula o palco da vida.
Concluo
essa narrativa sobre a primeira semana dando ênfase as relações afetivas
construídas com minhas colegas Bruna, Crisdarle, Deborah, Michele, Milena
e Rafaela por dividirem comigo experiências, saberes e gentilezas, sem dúvidas
vocês serão excelentes profissionais, assim como são parceiras, amigas. Ás
queridas professora Socorro Cabral e Neide Teixeira pelo apoio, carinho e
ajuda.
Sugestão de filme: Sociedade dos Poetas Mortos

Oi Mikaela,
ResponderExcluirQue delícia ler seu diário e perceber seus dilemas e etnométodos em relação ao estágio supervisionado nos anos iniciais. Quando você diz que ser professor vai além de planejar e executar, você traz as outras dimensões da docência, como os saberes da experiência e a reflexão sobre a prática. Parabéns!
Sugiro apenas que vc retire ou reescreva a citação sobre brincadeira, para não ficar tão técnico seu texto.
Vamos lá...escrever sobre a segunda semana.