domingo, 24 de novembro de 2019

TERCEIRA SEMANA DE ESTÁGIO

   
                                         

         Histórias, nossas histórias                                      Dias de lutas, Dias de Glória!

                                                                 

Começamos a última semana de regência no dia 13/11 e concluímos dia 20/11, trabalhamos com as Palavras Geradoras:  COTONETE, DESODORANTE E AMBIENTE. 


Realizamos uma Oficina utilizando o cotonete como pincel, para informar aos alunos as diversas utilizades deste objeto para além da higiene pessoal. Foi incrível, as crianças participaram efetivamente e nós ficamos orgulhosas de tanto empenho e dedicação delas com esta atividade.



  


Todos os dias ao pegar o ônibus para ir pra Escola, eu ia feliz e entusiasmada, confiante em poder viver mais um dia naquele local e com aquelas pessoas.  Por mais que a rotina tenha sido cansativa, com diversas demandas (filho, marido, casa, igreja, faculdade..) quando eu chegava na escola sentia PAZ, ALEGRIA,  era " acolhida" pelas crianças de forma afetiva, e confesso que foi isso que mais me cativou e me INCENTIVOU  a prosseguir nesse período de Estágio. 

Nas vezes que pensei em desistir,  que chorei, me desesperei, nesses momentos pude  refletir que as dificuldades vão existir em todos os locais de trabalho, mas estas servem de aprendizado, de fortalecimento, pois, a VITÓRIA só vem depois das guerras, e assim segui e sigo o meu processo de formação a docência, consciente que as barreiras me fizeram/fazem mais FORTE e CAPAZ do que eu nem podia imaginar.

Hoje, depois de diversas vivências não só nesse Estágio, como também em outras disciplinas, pude repensar conceitos e valores a respeito da escola pública, e depois disso posso afirmar que atualmente sou DEFENSORA DA ESCOLA PÚBLICA, sei que nesse espaço é possível ter uma educação de qualidade, também sei que não depende só de mim, mas se eu fizer a minha parte posso contribuir na vida de alguém e isso faz com que eu siga confiante para lutar, defender e RESISTIR!


Sigo refletindo sobre o papel da escola na vida das pessoas e como este espaço têm o poder de transformar a realidade dos sujeitos que ali perpassam, assim como têm transformado a minha.

Culminância do Projeto


Nossa culminância aconteceu dia 20/11, e a proposta era arrumar a sala de aula  referente a temática escolhida, nossa sala ficou com o Tema: HIGIENE BUCAL- ESCOVA. Neste dia nossos alunos iriam fazer apresentações para as outras turmas da Escola. Todos chegaram cedo e nos ajudaram a arrumar a sala, foi um momento de parceria.


  A dinâmica desse dia foi assim: Primeiro 1 aluno lia um poema, depois outro fazia a representação de como manter a higiene bucal, outro aluno fazia simulação de um banho ideal,  depois eles cantavam e dançavam a música que ensaiamos "Xic, xic, xic.." e por fim apresentamos todos os objetos que criamos com eles durante período de Estágio: Sabonete Líquido, O jogo da memória da Higiene Pessoal e As telas feitas com o cotonete.  



Depois do rodízio de apresentações (rsrs), fizemos nosso encerramento com eles, momento de agradecimentos, o qual externo aqui minha gratidão à toda a equipe da escola, os professores, nossa Pró Regente Neide e principalmente aos nossos queridos alunos, vocês nos marcaram de forma especial e fundamental, saibam que nós aprendemos muuuuito com vocês e cada um têm um lugar especial em meu coração. 

Houve muito choro (inclusive das crianças) , isso eu nunca vou me esqueçer, os abraços calorosos, os choros, o "pró vou sentir saudades", só de lembrar já me emociono.  Sem dúvidas, concluo essa etapa feliz em ter conhecido cada um de vocês, e por saber que contribui na vida de vocês assim como vocês na minha. 






Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”. 
                        Paulo Freire


terça-feira, 12 de novembro de 2019

SEGUNDA SEMANA DE ESTÁGIO


                    PEDAGOGA EM FORMAÇÃO - PARTE 2


A segunda semana de Estágio nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental ocorreu no período de 04/11 à 09/11.  juntamente com minha dupla, trabalhamos com o Método Sociolinguístico de Alfabetização  e utilizamos três palavras geradoras  LIMPEZA, ESCOVA E PIOLHO ,  tendo como objetivo o de facilitar o processo de aprendizagem dos alunos, lembrando que estas palavras são contextualizadas de acordo a temática do Projeto que é: HIGIENE.

Trago aqui uma narrativa reflexiva sobre as ações referentes à minha prática pedagógica, como também como ser humano, cheio de conflitos e objetivos referente ao cenário da educação em tempos de "crise" no Brasil.


  Quais os Dilemas para o caminho da Docência?


Referente aos desafios vividos nessa semana, por vezes cheguei a pensar em desistir do Estágio. que ser professora não era pra mim, que tudo aquilo que estudamos na Universidade não condiz com a realidade, a qual chega ser assustadora as vezes, por isso, cabe aqui enfatizar que ser PROFESSOR é estar condicionado a realidades sociais que perpassam o seu planejamento, ou seja,  embora você planeje, pode acontecer um replanejamento mediante as situações do contexto social, familiar dos seus alunos que afetam o cotidiano escolar e isso você não prevê, vai além da sua capacidade intelectual.

Cheguei a conclusão de que em algumas situações o desespero vai vir a tona, pensamentos do tipo: "Será que vou dar conta? Será que os alunos estão aprendendo? Eu consigo ensinar?", tudo isso aconteceu comigo, mas sigo aprendendo que são nesses momentos específicos de reflexões que consigo repenso minha prática, que me transformo como profissional e como pessoa, que me reinvento se assim for possível para garantir e contribuir uma aprendizagem significativa para os meus alunos.




                   A Afetividade na sala de aula

Quando se fala em afetividade na educação. contrariamente ao senso comum, não quer dizer que os educadores beijem, e abraçem seus alunos o tempo todo, podem até acontecer situações em que essas manifestações de carinho aconteçam, porém, é sempre bom lembrar, que em um ambiente com 25 alunos, o professor pode não conseguir criar laços afetivos com todos, o que é bem compreensível, contudo, respeito e atenção são formas de afetividade básicas na relação professor-aluno. Para Piaget, a afetividade é a gasolina que impulsiona o motor da cognição, um não funciona sem o outro. Sem afetos não há motivação, nem interesse e muito menos aprendizagem.

Quero dizer que fui muito agraciada pelos alunos dessa turma de Estágio, são crianças doces, sensíveis e amáveis, dispostas a aprender, e mesmo que alguns tenham dificuldades, o que é normal, a turma é acolhedora e as relações afetivas que estão sendo construídas são de apoio, não há disputas, todos contribuem para a melhoria do processo de aprendizagem uns dos outros. ISSO É INCRÍVEL!


  
O ato de aprender não está condicionado apenas à sala de aula, aprendemos com as situações da vida e principalmente uns com os outros. EDUCAR para a vida é mostrar ao aluno o prazer que há em aprender, é ter uma prática voltada para o ensino de valores que estão se perdendo com o tempo, é instigar, é facilitar, é problematizar, é despertar no aluno a vontade de querer ser um indivíduo melhor para sí e para o outro. 













COMO APLICAR MÉTODO SOCIOLINGUÍSTICO

terça-feira, 5 de novembro de 2019

PRIMEIRA SEMANA DE ESTÁGIO





VIVÊNCIAS NA DOCÊNCIA

Meu nome é Micaela Santana S. Santos, sou estudante do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia- UESB, atualmente estou no VII semestre, à um semestre da conclusão do curso. 

O objetivo deste blog é narrar experiências vividas no período do Estágio nos anos iniciais, para além disso, não só apenas narrar, mas refletir sobre a minha prática pedagógica, o caminho a qual tenho perpassado para ser professora. Começo essa narrativa enfatizando a importância da formação do professor, e que esta não se dá apenas em cursos de graduação, mas sobretudo na vida e na prática permanente e na reflexão sobre a própria prática.


  
  O tema do Projeto de Intervenção, criado juntamente com as colegas Crisdarle Mendes e Michele Mota é: Higiene e Saúde: Conscientizar para o bem-estar. Na primeira semana de regência trabalhamos com duas Palavras Geradoras: HIGIENE E SABONETE. Construímos o cantinho da higiene, a fim de promover uma consciência crítica dos alunos referente aos hábitos de higiene, como também proporcionar vivências lúdicas no processo de ensino-aprendizagem. 

As crianças amaram a iniciativa, diante disto compreendi que “a infância é o tempo de maior criatividade na vida de um ser humano” como afirma Jean Piaget. Com ousadia, trago aqui uma reflexão sobre o ensino no fundamental, e encarecidamente peço aos queridos professores que  não “encham” seus alunos de conteúdos apenas, mas que proporcionem vivências criativas, brincadeiras, porque para mim, diante dessa dinâmica do chuveiro virtual, posso afirmar que as crianças aprendem brincando e isso não é clichê  e nem utopia,  é  comprovado cientificamente, psicologicamente que o ato de brincar é de extrema importância para o desenvolvimento do sujeito em todos os seus aspectos (cognitivo, motor, social e afetivo). 





No terceiro dia de regência, a sala estava cheia, com 22  crianças, eu nunca tinha mediado uma sala com crianças de 8 anos de idade, me senti angustiada, aflita, sem saber o que fazer diante de todo alvoroço que eles faziam, Ao ir para casa, com lágrimas nos olhos fui refletindo se seria realmente essa a profissão que queria seguir, pois na faculdade você estuda várias teorias, mas associá-las à prática de forma efetiva, é muito difícil. De frente com indivíduos que muitos consideram incapazes de aprender, eu comecei a perceber que como seres humanos eles mereciam uma atenção especial e passei a me importar com cada um de forma única, procurando entender as suas manifestações das emoções para produzir uma prática pedagógica que possibilite o desenvolvimento efetivo destes "meus" alunos emprestados (rsrsrs).

Trago como verdade a de que NUNCA estamos totalmente preparados para algo, sempre estamos em processo de formação e transformação, e é isso que até então tenho vivenciado no Estágio. Em apenas uma semana presenciei experiências fantásticas no "chão" da escola que estão contribuindo de forma positiva para meu desejo de ENSINAR/ATUAR na educação PÚBLICA. Ser professor vai além de planejar, executar e ensinar, é necessário um replanejamento, observação de todos sujeitos envolvidos no processo de ensino, reflexão da prática pedagógica para que assim ocorra a ação crítica e que esta venha a contribuir na transformação da realidade do aluno.

É de fundamental importância que o educador tenha responsabilidade e compromisso com a sua prática, para assim obter sucesso na condução do processo de ensino-aprendizagem. 

 REFLEXÃO SOBRE O PAPEL DAS EMOÇÕES COMO FACILITADORAS DA APRENDIZAGEM


Diante dos relatos acima, trago um referencial teórico que embasam a construção da minha identidade pessoal e profissional.  De acordo com meus estudos, se torna impossível não associar a educação às diferentes manifestações das emoções presentes no ambiente escolar. Para Parolin (2007), “sem o vínculo afetivo não há aprendizagem”, por isso é de suma importância que o professor em sua condição de mediador, precisa manter relações afetivas com seus alunos, a fim de melhorar o processo de ensino-aprendizagem na relação pedagógica. 

Com base nas teorias de Wallon e Rogers, teóricos que contribuíram de forma positiva para o campo da educação e também para a  melhoria da minha prática pedagógica, pois foi através de seus estudos respectivamente sobre a vida efetiva e a abordagem humanista no campo educacional que eu pude compreender conceitos importantes que todo professor precisa absorver para garantir um ensino prazeroso e eficaz. O ato de ensinar e aprender, segundo a abordagem humanista gira em torno de dois personagens principais, o aluno que é capaz de aprender sozinho e precisa de um mediador que o estimule em seu processo de conhecimento e o professor, que precisa ser um facilitador da aprendizagem, conduzindo seus alunos à aprendizagem significativa, ou seja, algo que têm sentido e prazer para os aprendizes, tornando  a sala de aula o palco da vida.



Concluo essa narrativa sobre a primeira semana dando ênfase as relações afetivas construídas com minhas colegas  Bruna, Crisdarle, Deborah, Michele, Milena e Rafaela por dividirem comigo experiências, saberes e gentilezas, sem dúvidas vocês serão excelentes profissionais, assim como são parceiras, amigas. Ás queridas professora Socorro Cabral e Neide Teixeira pelo apoio, carinho e ajuda.